A fila para entrar no trem em Paris. |
O vagão que viajei de Paris à Bayonne. |
A cabine de segunda classe. Realmente muito apertada. |
Levei um relógio que carregava pendurado na mochila, mas como peguei chuva em Paris, o relógio à prova d'água (o camelô me garantiu!) parou de funcionar. E era a única forma de saber as horas no trem, sem falar que seria meu despertador.
A mochila com o relógio estragado, na minha cama na cabine do trem. |
Chegando na estação de Bayonne, ouvi os gritos do lado de fora do trem: "Bayonne! Terminus! Bayonne!". Se eu soubesse que Bayonne era o fim do trajeto e que teria alguém gritando para anunciar talvez eu tivesse dormido um pouco mais tranquilo. Marinheiro de primeira viagem sempre acaba aprendendo da pior forma.
Na plataforma de desembarque era fácil identificar os peregrinos saindo do trem com a peculiar mochila e seus bastões pendurados. Alguns sozinhos, como eu, e outros com um ou mais amigos. Ali pude perceber que muitos eram alemães. Aliás, isto foi algo que me chamou a atenção no Caminho, a quantidade de alemães. Acho que só perdiam em número para os espanhóis.
Peregrinos desembarcando em Bayonne. |
O café da estação de Bayonne. |
Igreja do Espírito Santo, em frente à estação de trens de Bayonne. |
Estação de trens de Bayonne, amanhecendo o dia às 7 horas. |
O trem para SJPP chegou, era um trem de apenas um vagão, que estava lotado de peregrinos. O trajeto, de aproximadamente 90 minutos, era muito bonito. Descansei um pouco, tirei fotos, conversei com alguns peregrinos, todos muito excitados com a ideia de estar chegando no começo do Caminho. De repente, o trem parou em cima de uma ponte. Brinquei dizendo que todos teriam que descer ali mesmo, e outros fizeram piadas semelhantes. Alguns minutos depois veio o maquinista avisar que a linha estava com problemas e que teriamos que andar os ultímos metros 600 metros a pé. Foi então que todo mundo riu, pois a brincadeira virou realidade.
Os peregrinos desembarcando no meio da ponte, a pouco mais de 600 metros da estação de SJPP. |
Em seguida aproveitei para dar uma volta rápida pela "Rue de la Citadelle" e tirar algumas fotos, além de procurar um mercado para comprar algumas coisas para levar na travessia dos Pirineus. Sempre é bom ter alguma comida na mochila, ainda mais nestas etapas mais duras. Bom, o mercado estava fechado. Os alemães que estavam comigo estavam com pressa para sair, então resolvemos iniciar a caminhada. Eu ainda queria conhecer um pouco da cidade, mas preferi acompanha-los para não começar sozinho.
As duas fotos acima foram tiradas na "Rue de la Citadelle", em SJPP.
Rio Nive, em Saint-Jean-Pied-de-Port, na saída para o Caminho de Santiago. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário, crítica, sugestão ou opinião sobre este post. O seu retorno sempre serve como incentivo ao autor do blog, para que continue a escrever.